Suporte





No carrossel de aprender a ser humano são tantas as voltas e as oportunidades de crescer e conhecer mais o que se passa dentro e se manifesta fora.

Às vezes ficamos almareados e continuamos às voltas no carrossel, esquecemos que temos o comando e que não somos o carrossel. Mas embarcamos com ele, mesclamo-nos e já não sabemos quem é quem. É para poder observar há que aquietar a mente, as emoções, observá-las na perspetiva do observador. A partir do momento em que acontece algo muda. Deixas de te identificar com o movimento, ainda que o sintas e começas a ganhar uma nova clareza e entendimento.

E partir daí podes ser suporte para ti. Estás no teu eixo, na tua verticalidade. Pode mexer, pode doer, podes sentir êxtase e prazer e é tudo a mesma coisa em polaridades opostas. E se estiveres presente contactas com o que vem, observas o que queres expulsar e o que queres agarrar, sabendo que apenas podes respeitar o ritmo que cada coisa leva a atravessar em ti. Há tantas vidas a acontecer dentro, e há que permitir que se vivam, que se reconciliem e se acomodem.

E ao assumir essa honestidade do que te está a acontecer, respeitando o fluxo observas o percurso que se faz. Não há nada para entender. Apenas permitir que suceda.

Ela só sabia que tinha colocado a intenção de dizer Sim à Vida e rendia-se à medida dos seus passos, do seu caminhar nessa direção.

E sempre que se suportava era suportada, sem que tivesse de pedir pois o fora espelhava a grandiosidade da sua própria generosidade.

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