Eu Vejo-me



 Como é veres-te e estares em Ti?

Aproveito a energia dos Céus disponível para me olhar de forma mais profunda. E a linguagem arquetípica da astrologia para olhar através das lentes do Escorpião /Touro.

E poderia servir-me da mitologia dos Deuses Marte, Plutão e Vénus. Todo o conhecimento são portas e portinhas que nos permitem aceder a nós. Gosto, contudo de olhar para a vida a acontecer cá dentro e lá fora e daí extrair o briefing. Uso as traduções disponíveis de acordo com as linguagens que vou absorvendo e conhecendo. Mas o detalhe e a profundeza vem sempre da sabedoria interna.

E é preciso ir à raiz, conhecer e integrar cada vez mais as raízes, a casa que levo dentro para me ir mostrando e revelando ao mundo. Levando mais de mim. 

E levar mais de mim, é coração na ação (coragem), é ir mais inteira e segura da minha voz. A autenticidade de ser quem se é. Nada acrescenta ou subtrai.

E isso é Ver. É ver-me. É aceitar estar em Mim, com todas as partes constituintes. E saber que se pudesse escolher diferente, continuaria a escolher-me. A querer-me. A apreciar as qualidades, os defeitos, a beleza interna e externa, o corpo, a voz, a família e o lugar de onde vim.

Posso saber e sentir que tenho muito por melhorar, aprender e amar, e é isso que me dá pica para continuar a investir e desbravar caminho. Há tanto por explorar, descobrir e conhecer sobre este ser que me habita, e que a cada momento se vai revelando e mostrando.

Tem dias, momentos.... sim. Que apetece mandá-la de férias. E perguntar-lhe, quem te trouxe? Que fazes por aqui? 

Mas que seria de mim sem esses momentos de animação. De me resolver. De aprender a relacionar-me com os vários temperamentos, de aprender a fazer a paz. E ficar em Mim.

Quantas vezes os episódios da vida nos afastam de nós. Para sobreviver, ocupamos lugares que não nos correspondem. Não nos sentimos merecedores de estar cá, nesta vida. E carregando a culpa da nossa encarnação vivemos em esforço para provar que temos mérito, que podemos ter lugar. Olhem-me, por favor, reconheçam-me.

Preciso. Preciso que me validem. Que me reconheçam. Dependo dessa informação externa para me sentir dign@ e merecedor.

Reconheces estas dinâmicas?

Claro que não. Reconheces apenas a zanga, a frustração, a desorientação da tua perdição. De andares perdid@ de ti. De sentires que falta propósito. Qual o sentido? Preciso de me sentir útil. De contribuir. Que a vida possa ter um sentido e de ficar na memória dos que ficam. Quero ser importante, deixar valor. Que se lembrem de mim. Que sou e fui boa pessoa. Quero tanto ser boa pessoa.

E quantas vezes não te sentes vist@, desrespeitad@ até humilhad@ pela falta de reconhecimento?

Seja no trabalho que não reconhecem o mérito do teu trabalho. Seja porque financeira sentes que não há uma compensação justa. Seja nos relacionamentos amoroso, familiar e amigos em que os equilíbrios entre o dar e o receber não são equânimes.  

E o quanto te ressentes... perante a injustiça e os olhos cegos que não vêem a tua grandeza.

Pois como poderiam os outros reconhecer algo que tu própri@ não reconheces nem queres ver, verdadeiramente? Atiras para fora uma responsabilidade que é tua. E ficas à mercê de uma validação que não chega, nem pode chegar.

És tu que te deves a ti. Deves-te o Amor , a valorização.

Quando te olha e vês.... recebes-te. 

O que está fora jamais poderá ter poder sobre ti. Se a paz te habitar dentro não é uma multidão nem uma guerra fora que te vai tirar do teu centro. E se em paz estás só poderás entregar o que levas dentro. Paz.

A vibração diz-te onde estás. E ordena e eleva, se aí estás. E é mais do que acreditar e que uma fé, é energia em movimento, a comunicar entre si.

A resposta que dou à vida está relacionada com a qualidade da minha energia. Se ela estiver limpa, bem nutrida, leve, sustentada, reunida assim vai ser a qualidade da minha resposta.

E se não me vejo... a vida vai tratar de me colocar as experiências e circunstâncias para chamar por mim. Claro que escutar o chamado vai sempre depender de mim, até lá continuarei na roda a repetir o padrão. 

Até que possa querer Ver-me!

E quando começares a ver-te.... todo um novo mundo, uma nova vida começará a despontar para ti.

Desafios? Claro que sim. Mas sabes, que ainda que possam doer, vão levar-te por novos mares dentro de ti, e que vais sempre ampliar a visão para te veres melhor.  E como é bom Ver e Ouvir-me e Sentir-me. E saber que não escolheria ser outra coisa, senão caminho para dentro de mim.


 


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