24º Dia A Gosto_ para onde? Dentro!


 Não vás por aí. Diz ela. A placa. E tantas vozes que resolvem falar, quando tu sabes  o caminho. Quem mais do que tu para saber o caminho?

Ah e tal, estou perdid@. Dizes tu... por não saber explicar com a mente demente as razões que a razão desconhece.

E para que servem as placas? Para os dentes não caírem, diriam alguns, ou para explicar a direção e perceberes que caminho deves tomar.

Tudo tem uma utilidade. E os avisos cómicos ou cósmicos têm a função de te fazer reparar, e quiçás reparar-te. Os sinais sempre vão aparecendo no caminho.

E a malta gosta de se fixar nos sinais, nas bússolas para se ir traduzindo e trazer traduções possíveis.

Sim ou Não?! Escolhe ao calhas e calharás sempre onde é suposto. Onde é suposto aprenderes. As formas são sempre criativas, a serem criadas e geradas a cada sopro. E se te aparece a palavra leão pelo caminho e as as palavras e coisas improváveis que te dizem o caminho é para diante com o sinal de sentido único para a frente, com o sinal de proibido estacionar, o que te parece?

É que às vezes as lentes não nos permitem ler. E as formigas passeiam-se pelo corpo, fazendo cócegas, para que atives o corpo e para que te abras à massagem por este animal minúsculo que grão a grão vai carregando o farnel para a comunidade de formigas.

E ainda achas que te podes enganar?

Que andaste a perder tempo, que devia ter sido antes ou depois?

Tic, tac, tic, tac.

Estás tu em território virgem? Diz que o sol está lá, em virgem. E a fertilidade, a semente, e o fecundar-se a si mesm@ não é pela primeira vez. Há lembrança e por isso afeiçoas-te, apregoas e queres perfecionar. 

E o convite a desvirginares-te é... a derrubares. Derrubar as fronteiras dos sinais. Dos limites e opiniões formadas, criadas, idealizadas e expetadas sobre o caminho certo e o errado. Manda de férias, a mente, e o sinal, e a placa. Fica-te na abstração.

No gozo de te fazeres pouco, até te reduzires ao grão de areia e desapareceres. E aí grão, seres areia, ocupares o teu lugar.

É só uma onda, diz ela. É só um corpo diz ele.

E ai se quebro? E se puderes crescer?  Para dentro e para cima?

Que seja agora que o coração me guie e eu possa ver escutar o que já sei.

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