WORK OUT IN

 



A loucura de ser o que se é, é assumir e incluir todas as imperfeições. Que levava dentro uma impostora e boa falante... e que nem sempre o que professava era o que fazia consigo.

E também isso fazia parte do pacote. E que belo pacote tinha, redondo, espetado, pronto para as curvas 😂

Tinha de se entreter. E a boa dose de humor e faît divers fazia parte. Do que servia levar-se a sério? Carregar o peso de ter de ser perfeita, coerente, arrumada, disciplina, saudável e o diabo a quatro.

É que a carga de querer equilibrar também desequilibra. E dosear o peso certo, ir respirando e soltando, sem que entre o desleixo, a desordem, o caos, nem a excessiva ordem, rigidez e demanda.

Pois é... esse era o desafio. Arranjar a dança correta.  E o trabalho fora revela o de dentro e vice versa.

E ela era mulher de Impulse e de pulso. E quando decidia a vida abria. Ainda que pusesse desculpas, a ordem enviada para o universo sempre trazia os anjos de caminho para que se fizesse à estrada.

E começara a treinar-se. Já tinha começado a caminhar, faltava fortalecer os músculos, ir um a um. Localizar, vamos ao detalhe. Afinal queremos pacotes rijos e fortalecidos 😆 

E sempre que pára e recomeça percebe-se num lugar diferente. Ela já não é a mesma, nem mesmo o seu olhar. Percebe sempre que tem uma força extraordinária. É rija, é bruta, agressiva para abrir, romper e iniciar. Gosta de ir ao limite, de desbravar, de se trespassar, de fazer o quilómetro extra. De se superar. Precisa de competir consigo mesma.

E até com isso chegou a lutar. De já chega de ser bruta. E agora? Que orgulho nessa força bruta.

Realmente que descobertas e olhares nos lançamos. E quem diria que esse orgulho acalmasse a fera. Só precisava de reconhecer a sua própria força, de se dar a palmadinha nas costas para receber e acolher a sua força intrínseca.

Honrar a energia que se tem e se é e ter prazer na loucura que lhe assiste. Até quando?! Até ter vontade e lhe apetecer. Gosta dos arranques que se dá. Mete logo a terceira para arrancar, para que depois possa estabilizar. E se essa é a sua forma, pois que seja. É mal, é bem? É a forma que lhe apetece, que lhe gera movimento, mudança e compromisso.

É preciso desenvolver a vontade. E nesse percurso há quedas. Há arranques, há paragens, há revoltas, há gritos, há paralisias...

E depois?!

A vontade de continuar. E ainda que não se saiba o como, a vontade de avançar faz com que experimentes de diferentes maneiras, te vires do avesso... e só pelo facto de continuares a tentar, no silêncio da noite, no burburinho do teu ser há uma semente que silenciosamente vai crescendo.

E no dia em que relaxares sobre o motivo que te levou a mexer e deixares de querer e controlar.... a semente brotará.

Continua pois a regar, a nutrir.

Quando te esqueceres da guerra, sentirás a paz.


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