Ela amava o mundo,
nele cabia tudo.
Sem fim nem princípio,
seguia de porta em porta.
A reunir as partes,
cumprimentando-as
e recolhendo-as para sua casa.
Nele se perdia com propósito,
e sem propósito
para se poder encontrar.
Gostava de andar de pé descalço,
para sentir o seu pequeno corpo
e o grande colo da mãe.
No toque reconhecia-se
e na pele comungava
a sua carne.
E caminhava mais um pouco
cheia de si,
para logo a seguir soltar,
e esvaziar-se.
Rendia-se à imensidão do céu.
O intocável que a penetrava,
além da pele...
E aí recordava-se
que era nada.
E podia Ser...
És poeta a criar na tela da vida a tua poesia. Ela tem o encanto do teu sorriso, das tuas lágrimas, do teu suor, do teu percurso e da experiência colhida nos teus feitos. A musicalidade e a pontuação é talhada com os talentos e a escrita com o impulso do coração e com a tinta do pó estelar.
Dás-te conta da tua obra? Um poema de amor repleto de símbolos e significados a ser permanentemente escrito. Nele cabe tudo o que quiseres escrever. A obra é tua, tem a tua assinatura única. E mais do que escrever és um poema vivo em manifestação. Que vibra, que contagia.
O que conta o teu poema, o que queres lá colocar, como o queres enriquecer?
A poesia faz-nos viajar pelo mundo dos símbolos, e as palavras não se esgotam nos seus significados literais, fazem-nos sentir, vibrar e ligam-nos ao fogo do entusiasmo. Acendem a chama que mora no coração. És poesia com corpo e pernas, nela cabe tudo.
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