Fazer nada. É a coisa mais importante que por vezes temos de fazer. E nos dias de hoje parece tão difícil parar e simplesmente estar. Olhando para o nada, deixar-se estar.
Há sempre aquela vozinha que julga, que te diz põe-te a mexer que há tanto por fazer. Sempre há coisas por fazer e para resolver. E deixá-las estar por um tempo também é importante. É preciso tempo para respirar. E ficar só aí a respirar.
E foi assim que lhe chegou o "fazer nada" sem hora marcada e interrompendo-lhe a agenda do dia. Naturalmente pediu para entrar.
E no final da tarde despertara desse fazer nada, e apressada achava que tinha de recuperar o tempo "perdido" e avançar com as tarefas adiadas. E eis que vieram outras tarefas a desviarem-na novamente da agenda.
E percebeu que não havia nada com que lutar. Nada a recuperar... voltava a respirar e a acomodar as propostas da vida.
Não é quando queremos, é quando podemos.
E há tanto a acontecer nas pausas, nos intervalos. Invisível aos olhos, essencial ao espírito.
Sei para onde Caminho, ainda que não saiba o caminho. Ele vai-se revelando em cada passo, e como um GPS vai ditando agora à esquerda e depois à direita, e sempre em frente até que o Destino possa cada vez tornar-se mais próximo.
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Cuspidelas