E de repente recebes um convite e sentes-te impelida a ir. Não sabes para onde vais, ao que vais, apenas sabes que tens de ir.
Os percalços apresentam-se e, o que parecia ser o plano altera-se para dar lugar a outro novo. E a jornada inicia-se. O caminho está livre e o caminho começa a entrar pela natureza, pelos bosques e as curvas surgem revelando as várias tonalidades de verdes e entrecortando com as várias músicas que o vento vai trazendo.
E chega ao destino. E o ritmo acalma-se. A natureza tem a sua dança e há que pedir licença para entrar. E para isso desliga-te todas as conexões do mundo lá fora... para que não tenhas escapatória a não ser ligares-te a ela.
E como estás tão distante, primeiro ela brinda-te com os todos os seus elementos. Apresenta-se e espera que te apresentes também.
Assim começam as relações. Dar-se a conhecer. Pouco a pouco, para que possamos ir entrando nos diferentes mundos e estreitando as distâncias.
Pode-se falar uma língua diferente, mas a linguagem que nos une é reunida num único verso.
E para que te conheça, primeiro preciso de me apresentar.
Oferecer o que levo dentro. Com tudo, sem escolher, nem compartimentar. E desde que chegara andava nesse namoro, de se abrir. De permitir que o vento a quebrasse.
E como o vento gostava de cantar nesse monte. Soprava alto e fazia-a viajar. A fauna e a flora estava muito viva. A água corria por todos os lados, as árvores dançavam, e os pássaros regozijavam com o seu chilrear.
E, ela, dentro, sentia-a toda essa energia correr-lhe dentro.
Começava a receber o convite e a deixar-se levar.
Apenas começava.
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