Simples assim... a natureza que brota. As flores que surgem no caminho. O meu olhar sempre procura as flores.. sempre se sente atraído por elas.
E hoje despertava com a palavra "Simples". E foi deixando-se levar por ela. Estando presente no seu corpo. Sentindo as dores musculares, por todo o corpo. E são aquelas dores que doem, mas que sabem bem. Um misto de masoquismo, entre a dor e o prazer. E também esse sentir devolvia-lhe presença ao corpo. Para as partes mais doídas e em destaque.
E ainda que tivesse muita coisa para fazer, resultado do que foi sendo empurrado com a barriga durante a semana. Hoje foi um dia de receber e de se contemplar.
Sem pressas.
Meditando em todos os compassos... Era chamada para a pausa, para ficar aí no silêncio, no vazio. No calor do sol, do dia.
E todas as tarefas da semana são postas em dia, como que por magia. O tempo abriu-se para que coubesse nele. Com tempo para cada coisa, sem que pudesse ter escolha nas horas... mas isso também não era importante.
Fechou capítulos, ciclos, challenges.
É que fazer é também pôr Ordem. Interna e externa.
É deixar ir. E deixar ir é também Amar a obra feita, sem querer alterar uma vírgula.
Podia ter ficado melhor, ter saído melhor.... Não! Não podia.
Tudo é, está, fica exatamente na ordem perfeita.
Simples assim. Permitir que suceda.
E olho para a foto que ilustra este texto, que se escolheu, antes que as palavras pudessem escorrer e definir o ritmo e a melodia do que aqui se derramou.
Uma flor.
Que me fez parar para que a fotografasse. Entre tantas flores que foram aparecendo, foi esta que deteve a minha atenção, para que a registasse.
A beleza das suas pétalas abertas, enrugadas, frágeis, uma textura suave, sensível... e ainda assim aberta, exposta. Com todo o seu corpo aberto. A terra o seu abrigo, a sua raiz, a sua luz.
As flores chamam-na, sempre a chamam. A beleza, a simplicidade dá-lhe entusiasmo. Fortalece-lhe.
Foi um dia simples, rico em contactos, sorrisos, palavras faladas e escritas. Mimos recebidos em formas simples que tocam profundamente.
Presente.
Para os ciclos que se apresentam, que fecham e se abrem. Como as flores que sempre procuram o sol e se abrem para ele e à noite fecham para descansar.
E na sua delicadeza, beleza e perfume as flores sempre se mostram na sua pureza... e talvez por isso as flores sempre a chamavam.
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