O que buscas? Para que buscas?
Já algum tempo deixara de se fazer essa pergunta... e hoje a Busca chega-lhe por diferentes portas.
O que queres tratar? Era a pergunta que a fez buscar. Tinha de encontrar um tema para trabalhar e deparou-se com a ansiedade, os pensamentos aceleravam a querer fazer associações, estavam em busca e o não encontrar gerava-lhe stress. Queria algo concreto e específico... e o que havia de mais concreto senão as sensações que lhe percorriam no corpo. A ânsia de ter de buscar. Assim de simples - o tratar a Busca.
E a mente gosta tanto de divagar, de procurar associações, justificações e um novelo de razões para que a busca possa ter um sentido.
E desmontar o complexo, ficar no que é, no que se mostra, sem mas nem porquês, faziam-na Ver melhor e ver-se melhor. E para fechar o dia alguém lhe diz "conheço a tua busca e sei o que buscas e digo-te que é mais simples, não precisa de tanto esforço". Oi?!
A admiração de como alguém podia estar na sua cabeça para a adivinhar?! E em simultâneo também reconhecer-se nesse papel de tentar ou querer adivinhar o outro.
E observar a reação dentro de "rejeitar". "Quem és tu para queres entrar dentro, sem pedires licença?", para me quereres definir, rotular, impor a tua verdade sem que eu a peça.
E aí aproveitar a boleia também para refletir e abrir... que tudo o que vem é por bem e para quebrar as resistências e ampliar a visão.
E a pró-cura fala-lhe, de Encontro, de Reunião. De aceder aos pontos cegos, de incluir, de receber-se mais de si em si.
E simplificar. Tornar mais simples. Largar pesos.
Soltar as definições de si mesma. Soltar as histórias, as memórias.
Ressignificar. Mudar os ângulos de visão, as verdades, as opiniões.
Sentir o seu lugar, ocupá-lo e ir tomando-o em doses suaves, no ritmo próprio.
Tudo é medicina, se o entendimento e a consciência permitirem-te recebê-la. Se a doença vem é porque tem procura. O corpo sempre busca a saúde.
E tantas vezes a mente surda, cega ocupa-se com o veneno para dormir mais um pouco, para continuar a precisar e a buscar. É que a ansiedade da busca ocupa-te e coloca-te ao Comando de um Poder Distorcido, de ti e do que te cerca.
E aí pensas que te seguras, te afirmas... e na verdade distancias-te cada vez mais.
E se reconheces que moras dentro com a polaridade, e a dualidade é o teu par, danças e aprendes a aceitar o fluxo que te leva a ambas as correntes. Nada há a mudar, porque naturalmente muda, como as marés, os ciclos. E se aceitas, integras, curas, amas.
E para aceitar e curar tens de olhar. Permitires-te sentir, sem querer escapar. E entender para além da narrativa, do drama, da dor que a história te traz.
A vida sempre te procura, à espera que a encontres. E para isso frustra-te, tira-te, provoca-te para que possas parar e olhar.
E quando paras de buscar começas a encontrar... começas a reparar no que está, no que é, sem teres de sair do lugar. E em simultâneo quando encontras o teu lugar também muda.
E que bonita a dança da cura... e desta medicina que és, que somos. Todos nos tocamos, e curamos, quer disso tenhamos consciência ou não.
O potencial e as possibilidades sempre estão em movimento.
E o se o Coração Pulsa e te dás conta que tens coração, repara que ele sempre Cura. Sempre te mostra e sussurra e cura.
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