Caminho. Sempre há caminho. E caminho. Vai mudando a estrada, a terra, os trilhos, as cores, as paisagens, o tempo.
As formas vão mudando, os encontros, os desencontros, os ritmos. O conteúdo vai-se aprimorando.
As dificuldades, os obstáculos aproximam-nos.
E o que quebra nem sempre parte.
E tantas vezes desnuda para que se possa criar uma nova composição. E é preciso sentir cada passo na terra que pisas. E de olhos vendados confiar que sempre há caminho.
Peregrino és, nesta terra sagrada.
E tantas tempestades, pedras e montanhas galgaste... querias chegar. Sempre quiseste chegar.
Até que... um dia... precisaste que havia apenas caminho e começaste a apreciar cada dádiva.
Cada lágrima, cada gota de chuva, cada sopro de vento e cada respiração que marca o ritmo de mais uma subida e a gota de suor que escorre pelo corpo. E pé ante pé vais saboreando o movimento do corpo que se balanceia para ganhar balanço para mais um passo. E parece que dança e afinal caminha... e não é essa também a sua dança?
Contemplar cada encontro, cada chegada, cada partida. E isso é oração, porque está lá com o coração, saboreando cada presente. E aí escutando os sussurros do vento permite que ele vá ajustando as velas e a direção do barco.
Tem tudo por conhecer. E até no dia mais escuro e sombrio, o sol pode entrar e criar a magia do arco íris.
Nada está perdido.
Quando já ninguém está perto ou longe, pode finalmente escutar o coração e permitir que seja ele a levá-la.
E deixar-se conduzir... é confiar. É fiar junto.
É saber chorar. É saber rir. E tudo é a mesma coisa.
Assim como a crítica e o elogio.
É música que passa e esvoaça sem deixar marca.
Esteja o teu Coração vibrante e cheio de ti.
É que o Amor não conhece fronteira, idade, género ou cor.
E se te abraças, abraças. O caminho sempre te acompanha e quebra-te as vezes necessárias para que recordes.
E se Acordas... só te resta Amar e Sorrir.
E caminhas. Com gozo por estares aqui vivo, como protagonista e testemunha desta grande maravilha que é VIVER.
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