O Sol sempre a chamava. Para que se recordasse da força de vida que levava dentro. Observava-se com atenção e cada vez ia retirando atenção às formas e identificações que a sua mente conjeturava.
Passara a ser uma delatora de si, das demências do ego, que sempre buscava uma importância, uma fraca noção de poderzinho, para se gabar dos feitos feitos. E também das fraquezas, dos fracassos, também eles lhe apareciam para que se pudesse redimir e assumir que não poderia carregar culpas nem por si, nem por outros. As decisões sempre despoletam ações. São movimentos que desenrolam novelas, novelos. E a energia para se reciclar sempre precisa de circulação.
E não somos ilhas. Há uma fome por criarmos expressões, linguagens para interagir e comunicar.
E cada interseção propõe-nos uma rota para dentro do íntimo da matéria. E dentro a metamorfose ocorre na sequência de cada acto desta grande peça de teatro.
E cada vez que a permissão se abre, mais vem a caminho, o caminho devido. A travessia abre-se e começa a ser mostrada. E a clareza vem. Nada é como esperado.
E a clareza é poder ver no vazio. E estar confortável na obscuridade do não saber.
E tudo vem ao encontro, sem teres de buscar absolutamente nada.
E nada. Como ela nadava e mergulhava no mar picado. Sempre acompanhada pelo sol que a permitia ver.
E na abstração vinham chegando as formas, as muletas que precisava para continuar. Sempre havia trilho. E ia-se permitindo.
Nada é pessoal e tudo é material útil para prosseguir na evolução.
Permites? Permites-te?
Permitir que te quebrem, quebrares-te a ti mesm@? Ou ainda achas que é um ataque ou que tens de te defender?
Do quê?
Tens de salvar de ti, para permitires cada vez mais que a Alma te habite e possas manifestar-te mais de acordo com a sua sabedoria.
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