Tu és o Espectáculo.
És um espectáculo. :)
Como te soa?
Gosto de falar do palco, da tela, do papel em branco, do cenário disponível... mas na verdade do tu és o espectáculo a acontecer.
E a pergunta é: Como te Aconteces?
Que expressão sai de ti. Como é o teu espetáculo? Para agradar às massas ou revelas a tua autenticidade?
Parece fácil. Vamos lá ser autênticos.
Mas estamos dispostos a pagar o preço? É que se me desviar da norma, como me vão ver / receber? É que precisamos todos de vinculação e sentir a pertença, e o amor.
E se expressar o que sinto corro o risco de ser excluíd@ e rejeitad@?
A verdade é que não fomos treinados a sentir. Fomos treinados a "não chores", "deixa-te de lamechices", "vá controla-te", "já chega".
Fomos habituados a não incomodar. E fomos acomodando da forma que soubemos, contendo, contendo. E na contenção criamos doença, tensões e também explosões que de vez em quando rebentam. E compensamos com o não expresso.... E vá morangos. Ou melhor, vamos lá tomar a pílula mágica para acomodar a dor que não se pode sentir.
Vá para dentro ansiolíticos, comida em excesso, doces, álcool, tabaco, drogas, jogos, sexo.
É urgente sentir. É urgente arranjar espaço para expressar. Para contactar e acolher o que se passa cá dentro.
Sem pressa que passe. E sem agarrar.
Permitir que suceda e que possa crescer com o que vem. Acolher, incluir, reunir. Reunir-me.
E repito, sem me repetir para que possa recordar as vezes necessárias. Para em mim estar, e acompanhar cada estado, cada onda.
Tu és o Espetáculo e um Espetáculo. E nós tomamos isso como um elogio. Porque um espetáculo tem luz própria. Uma assinatura. Mexe connosco. Faz-nos sentir, provoca-nos. Ilumina-nos. Desafia-nos.
A arte tem o poder de transformar o mundo. E tu és uma obra viva.
Permite-te brilhar naquela que é a tua assinatura. Nas tuas habilidades e dons. Essa é a tua vibração, a tua entoação, o teu ritmo, a tua cor, o teu brilho.
A tua autenticidade é o teu espetáculo e inspira outros a serem um espetáculo também, para ti e para eles mesmos.
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