Amor encontra-se em cada esquina...


O Monte da Paulinha, na Messejana, Aljustrel

Amor! Tema sério este,que ocupa grande parte das nossas vidas. Romances, filmes,música, arte, entre outras áreas que agora não me escorrem, usam como mote este tema. Já viram como uma palavra tão pequena dá tanto trabalho?

Um enigma extremamente profundo que tanto traz a felicidade e a tragédia? Amor de Perdição de Castelo Branco, Romeu e Julieta de Shakspeare, as músicas do Tony Carreira... Um mundo de porquês, um mundo de respostas. Mas a procura não cessa, ou não estaria eu também a escrever este texto(ironia das ironias, eh, eh...)

Agora acho piada à questão, pois temos o nariz mesmo à frente dos olhos e não o conseguimos ver, será o mesmo com o Amor?

Tenho vindo a descobrir que o Amor começa em nós, até aqui tudo bem, já dizia um anúncio qualquer de iogurte " Se não gostares de ti, ninguém gostará". Frase feita, e que na teoria é muito bonita.Mas a prática, isso agora, já é outra história...
Mas o que é certo é que a busca não pára, somos uns fulanos insaciáveis e lá subimos e descemos montanhas à procura do teimoso Amor que teima em escapulir-nos sempre entre os dedos. Quase que o apanhávamos, mas não foi desta ainda. E levamos nisto, a jogar o mesmo jogo, à espera de passar de nível, para chegar ao dito prémio.

Paixões, amores e desamores vão-nos aproximando e confundindo da meta que achamos a final. Mas afinal que encruzilhada é esta que nos orienta e desorienta? Que raio de felicidade e remédio procuramos no Amor como resolução de todos os males que nos atormentam?

Filhotes complicados pá... sempre os ditos porquês que nos atormentam (como diria uma pessoa querida, não te desgastes tanto nos porquês). E a minha resposta agora, amanhã não sei, que já é outro dia, é o Amor encontra-se em cada esquina. Não é preciso procurar, ele está lá, sempre esteve, nunca se moveu, nunca foi para lado nenhum. Nós é que o abandonámos, no engano de o procurarmos.

Bonito dizem-me vocês.... e eu reafirmo. Todos os dias me cruzo com pessoas que pela sua ausência e pela sua presença me mostram o Amor e a sua beleza inerente. O monte na Messejana que aparece neste post, mostra-me a beleza natural que está bem perto e que muitas vezes passamos e não damos o devido valor. Os pequenos gestos que as pessoas nos dão e que revelam tanto amor. Mesmo quando parece que as pessoas por vezes nos tiram qualquer coisa e nos magooam, estão a oferecer-nos o seu amor. Uma vez disseram-me esta frase que me marcou e talvez ilustre um pouco o que pretendo dizer " és amiga do teu amigo, mas talvez fosses mais amiga se aprendesses a dizer não mais vezes".

A maior prova de amor que nos podem dar é atirarem-nos fora do ninho para aprendermos a voar. O Amor liberta, e nós teimamos em querer nos prender a ele. Nos últimos tempos tenho-me cruzado com pessoas novas, supostamente "desconhecidos" que me têm dado tanto amor,como se nos conhecêssemos desde sempre. E lá é preciso conhecer alguém durante x tempo para definir, ok, já posso receber o teu amor?

Sorrisos, um bom dia, um boa tarde, um pedido de ajuda "olha sabes onde fica aquela rua?" são gestos tão "insignificantes" para o comum dos mortais, mas tão repletos de Amor, daquele que teimamos dizer que não é suficiente e que não nos serve. Continuamos à espera do príncipe encantado que contenha o amor do mundo, para nos dar o mundo. A simplicidade é qualquer coisa complicada de compreender...

Aqui, a todo o instante, e neste espacinho de cuspo recente, tenho muito orgulho em poder expressar que os cuspos de Amor que tenho recebido, têm sido uma constante. Só posso agradecer...pedir mais? Para quê? Não teria a mesma piada, não me surpreenderia, seria premeditado e não natural. Prefiro aquele cuspinho fresquinho acabado de ser "amandado" que me molha e me deixa com um gostinho que se saboreia.

O Amor não se dá, não se recebe. O Amor é, e compartilha-se ;) (inspirações às 3 da manhã, a mousse de chocolate, tá forte tá)

Comentários

  1. Oh meu Romeu cuspidor, encheis-me a alma de tamanho arrepio que tamanha alma não cabe já em mim. Sereis vós, nessa profundidade, o meu amor cavalgante que afasta brumas e memórias de tempos idos? Mas deixai-me, antes que desfira um rude golpe na minha vontade, avisá-lo de que tal amor no peito traição seria à humanidade. Não poderemos ser um do outro, sendo a pertença não pertencer de todo. Sejamos então do mundo, Romeu, e celebremos a beleza do que é belo na eternidade das horas.

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  2. ooohhh :) windo windo. só tenho a dizer que: eu vejo a ponta do meu nariz!!! muahaha :p

    mas realmente procuramos o amor no engano de acharmos que nos desencontrámos dele... e sim, não é nosso para o perdermos nem para a ele nos agarrarmos ;)

    Paula

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  3. toma lá mais um cuspo:

    engraçado como todos tentamos disfarçar a paixão e a sua força numa dada altura da nossa vida, por receio das críticas alheias - dos nossos amigos, das pessoas que nos conhecem e que gostam de aventar as suas opiniões... mesmo a nós próprios ocultamos o verdadeiro sentir. anda metade do mundo a fugir ao amor enquanto a outra metade o procura desenfreadamente. num olhar, num gesto, numa palavra... estamos todos tão sequiosos de amar, tão sequiosos de evitar o sofrimento que não há como dar tréguas ao amor. esse sim, negligenciado, abatido em praça pública, ostentado como troféu, guardado numa caixinha ou até mesmo numa jaula. diferentes formas de o tentarmos aprisionar, sentir ou preservar. com todo este controlo só nos afastamos mais do que é suposto sentirmos...

    in http://piroseirapegada.blogspot.com/ ahaha :)

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