Só por hoje


Só por hoje não apetece fazer nada
Andar sem paradeiro, andar só por andar
Não que esteja perdida,
Pois não há nada para encontrar

Sigo em frente
Ao sabor da maresia
Ao sabor dos cheiros que me enlaçam no momento

Olho para o caminho
Aquele que se apresenta sem que o tenha buscado
Mas que instintivamente aparece
Para que eu possa descalça
Saborear a terra batida,
a relva ou as pedrinhas

Assim caminho,
Livre, leve
Não há espaço para levar nada
Apenas o corpinho
Que depressa se ambienta

Ao novo quadro,
à nova paisagem
À nova aventura

Não de uma paixão
Não de uma viagem
Não de alguma coisa

À aventura do dia e da noite
À aventura do tudo e do nada
Da chuva e do sol
Da vida e da morte.

Simples viver,
Simples estar...

Comentários

Enviar um comentário

Cuspidelas