Caminhos

Em cada passo que dou um caminho vai-se mostrando, sem que o tenha planeado nem previsto. Vou seguindo apelos que me direccionam para aqui ou para ali.

Há ainda a patética ideia que controlo os meus passos, que decido, e que tenho as rédeas da minha vida. Afinal de contas tenho sempre o livre arbítrio. Mas até esse é suspeito.

Quantos de nós estabelecem objectivos,sonhos e projectos que gostavam de realizar na sua vida,propondo um prazo para realizá-los a médio, longo prazo ou o que for. Será pois um grande peso para carregar durante esse período de tempo, seja por expectativa e ansiedade de tornar esse projecto possível. Então e depois chega-se ao prazo dado e ou se tem o agradável sabor de vitória, fixe consegui, ou o sabor amargo do fracasso. Um dos dois resultados é sempre o esperado.

Não é mau nem é bom, mesmo que o objectivo seja conseguido, ter-se-á que delinear outro logo a seguir. Afinal de contas o que está em causa é o sabor do Desafio. E será esse o sabor de viver, o desafio de cada momento. A aventura do novo é sempre permanente, pois não temos como prever o resultado de cada acontecimento/ circunstância.

É-me complicado traçar objectivos com data marcada. Há vontades marcadas cá dentro do que gostaria de fazer um dia, que vão sendo reveladas a cada dia que passa. E o que é certo é que todos os caminhos que se apresentam vão-me direccionando espontaneamente para essas vontades. Pelo caminho vou aprendendo as lições necessárias para que me possa preparar para a concretização da minha vontade de uma forma mais plena e consciente.

Estou aqui atenta aos caminhos que vão surgindo e me direccionando. Para onde pouco importa, o que importa é o desafio, aquele que é permanente e no fundo aquilo que me mantém viva.