Começa a ser

Todas as rotinas que se tornam uma obrigação, obrigação de fazer, de estar, de ir aprisionam-nos. deixamos de usufruir aquilo que numa primeira instância nos direccionou para aquela rotina para carregá-la como um peso demasiado pesado. deixou de ser natural.

Esquecemos que efectivamente escolhemos determinados caminhos por nos preencherem, por nos fazerem sentir felizes, para começar a embeber expectativas de "querer mais", de querer alimentar o desafio da perfeição. Deixamos de reconhecer o que numa 1ª instância Amámos para começar a destruir com as exigências infindáveis.

A evolução natural do crescimento deixa de ser natural, quer-se fermento muito, para que a evolução cresça já, rápido. E quando ela vem, também, por vezes, sofre o embate da mudança repentina. Abala as estruturas todas e ai ai agora onde me agarro, para onde vou? O chão foge-nos dos pés... E será para melhor. sempre. Contudo vem a revolta, vem a não aceitação, o não reconhecimento deste "estranho" que habita em nós e não reconhece o chão para o pisar.Sentimo-nos paralisados, às vezes, não conseguindo vislumbrar qualquer direcção. Mas ela está lá e empurra-nos para esse lugar desconhecido... caminhamos de olhos fechados.... para que quando confiarmos o suficiente, os possamos abrir.

E assim libertam-se as obrigações, aceitam-se as rotinas que por enquanto têm de permanecer, mudam-se aquelas que passaram o prazo da validade e diariamente os ajustes vão sendo pautados à evolução natural. Os pesos vão-se libertando, como camadas de cebola que se vão extraindo uma por uma.

O único reconhecimento possível é validar o potencial que habita em nós e alegrarmo-nos por isso, sem que tenha de vir o vizinho do lado dar uma palmadinha nas costas, a dizer bom trabalho, força aí, continua!

Enquanto não conseguires reconhecer e validar o teu potencial, aceita humildemente o reconhecimento que te dão para ires olhando mais para ti.

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