O ar que respiro




O ar que respiro. Consegues senti-lo?

É apenas o que importa. Os momentos são apenas fragmentos de experiências que nos permitem sentir. Saborear todos os sabores, os mais amargos e os mais doces. Tudo é passageiro e breve. Mas... Sim! Porque há sempre um mas, tudo é eterno. Há aquela semente que fica e que nos inunda o corpo e a alma e nos diz que o sentimento permanece. Esse é eterno. As emoções são vãs, são o que nos permite chegar ao mais profundo de nós. O ânimo que move a vida é a força de Amar, a força que nos prende e nos faz querer continuar, apesar de todas as intempéries. O movimento, a adrenalina, o conjunto de emoções faz-nos andar neste carrossel louco que não se cansa de andar.

Vale a pena? Vale sempre, ou eu não estaria cá, nem tu, nem todos os que cá habitam. O querer mais que se confunde com a ambição desmedida, nada mais é do que a vontade que nasce do íntimo de nos cumprirmos, de sermos melhores, mais amorosos e mais humanos.

Os constrangimentos, contudo, confundem-nos e deixam-nos presos numa ânsia desenfreada por alcançar qualquer coisa palpável, para que lhe possamos amarrar os conceitos de estabilidade e segurança. O paradoxo entre o querer estar seguro e preso e a liberdade. E a liberdade é responsabilidade. Responsabilidade por ser quem sou, por todas as minhas acções, por toda a minha vida. E essa responsabilidade traz liberdade e uma segurança não mensurável e não palpável. Vem de dentro, do acreditar plenamente no nosso potencial e acreditar que todas as experiências vêm por bem, para nos mostrar tudo aquilo que precisamos de aprender. Acreditar. Fé!

Temos tudo dentro de nós, não precisamos de ir buscar fora de nós.

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