Pequenas coisas

acordei com a tua chamada. vinhas a caminho, com a satisfação de uma criança que regressa a casa, depois de muito tempo ausente. estavas feliz, mas silencioso. para quê palavras, quando simplesmente o estar te satisfazia.

A sala ecoava palavras, gargalhadas, o tilintar dos talheres e dos pratos. Passa-me o pão, se faz favor. E assim o burburinho ecoava pela sala cheia de gente faminta.
Deliciosa a refeição, o convívio de quem partira de casa para o encontro de si e de que cada vez que voltava a casa, sentia o conforto de estar no seu lar.

Descobri que no meio dos sorrisos e da alegria transbordante, lá dentro morava a vontade de se encontrar rápido. A paciência fugia-lhe por entre os dedos. Era um encontro difícil e por vezes tortuoso. Encarar-se ao espelho e aceitar aquelas borbulhas que tornam a rebentar uma após a outra, sem motivo aparente para o seu nascimento.

Contrariedades! É difícil aceitar as circunstâncias tal qual se apresentam. É difícil viver numa permanente aceitação de tudo o que vem. Ainda que possa vir por bem. Mas ainda assim é um caminho!

Ver-me ao espelho e ver-te percorrer o caminho, torna-me também humilde na compreensão e aceitação de que temos de cair várias vezes, as que forem necessárias para que nos possamos levantar mais fortalecidos e disponíveis.

Comentários

  1. eheh gostei do tilintar dos talheres e dos pratos... eram brancos os pratos?? :)

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  2. por acaso azuis e brancos. aquela louça portuguesa típica, tás a ver?! não?! caga nisso!

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