Era uma vez

Era uma vez a história do Vez, que passou tanto a vez que se esqueceu qual era a sua vez. No espaço e no tempo, numa fila das Finanças o apito sonoro marcava o ritmo da vez. Numa estrada qualquer estava vermelho. A buzina dispara e avisa ao Vez que mais uma vez era a sua vez. O sinal ficara verde.

E o Vez de quando em vez acordava por instantes e ouvia repetidamente é a "sua vez". Mas Vez não compreendia, porque o seu nome era dito tantas vezes. Parece que o chamavam para algo de importante, mas não compreendia. O tempo passava sempre em segundos. A vez constantemente corria à sua frente, quando a via, já tinha passado. Para onde iria essa vez que o Vez nunca via passar?

E num sopro a vez ia para um tempo e espaço infinito, fazendo referência à sua dita existência, mas sem nunca se conseguir agarrar. Como o próprio tempo. Mas o Vez existia. Respirava e sabia da existência da vez, sem que nunca lhe tivesse posto a vista em cima. Mas o Vez não se revoltava. Achava que era as voltas do destino que os queria desencontrados. E assim sorria, quando ouvia a vez passar por si, como um sopro quase inexistente.

Até que um dia Vez percebeu que a vez era uma companhia que estava sempre presente e quis partilhar com ela um presente. Um dia Vez acordou e falou com a vez, dizendo-lhe hoje é a minha vez. Vou dançar contigo e partilhar a minha vez contigo.

Saiu de casa e mostrou-se ao mundo. Estou aqui. Sou o Vez e é a minha vez de mostrar o meu mundo e o que ele quer partilhar convosco.

E a vez e o Vez foram amigos para sempre!

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