Bafos que jorram

Tanta coisa...Tantas lições. Tudo tão cheio, que parece vazio. Parece dificil arrancar e debitar no papel o que para aqui mora. Força, entusiasmo, garra que fazem querer caminhar e continuar. E encontro pedras, muitas. Pergunto-me o que fazer com elas. Não as consigo jogar fora, ou fazer de contas que não estão ali. Páro. Páro a observá-las, quero-lhes perceber a forma, a textura, perceber o que está ali. Quero colecioná-las. Não quero guardá-las, não. Não há espaço para tanto armazenamento. Quero tocar-lhes e seguir o meu caminho, percebendo que elas foram necessárias para o meu caminho, para que pudesse pisar aquela estrada. Mas por vezes sinto que são as pedras que me atropelam e lá vou escorregando com elas, enleada nelas. Por vezes canso-me.Quero paz. Quero parar. E nesses momentos o que recebo é uma avalanche, que me mostra que a força supera o cansaço e continuo firme a encarar com a calma necessária o aparente caos, que muito tem de real. E dói também, deixa a alma triste. Aprendo imenso, sim, é certo. A alargar a visão e distanciar-me da emoção que me assola e consome. Dou-lhe oportunidade de se manifestar, deixo-a a sair. Percebo que faz parte, mas não a agarro, porque é passageira. É nos desencontros que encontro.

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