O que fazer? Como fazer? Qual a decisão mais adequada? Viver implica riscos. Agir de acordo com o momento, perceber o que nos move. As águas turbulentas do desejo e do impulso ou as águas calmas do coração e do amor? Precisamos de experimentar, de encarar, de errar, de acertar, precisamos das aprendizagens que a vida nos prepara para crescermos como melhores pessoas.
Nem todos os momentos são fáceis, alguns até parecem que levam uma eternidade a passar. O que fazer? Apenas tranquilizar de que a vida sabe exatamente o que nos está a dar. Chama-se a escola da vida. Não tem fim. Não se espera, nem se desespera.
Exigimos demais de nós próprios. A ambição que corrói, queremos ser perfeitos e sentir que estamos no poder, no controlo. E a única coisa que conseguimos controlar é o que está dentro. Como lidamos com as nossas emoções. Se as apaziguamos e aceitamos ou se incendiamos e nos revoltamos. O perdão parece uma tarefa árdua. Torturamo-nos, tentamos arranjar um culpado ou culpamo-nos. E sofremos. Uma ansiedade que envolve toda a nossa presença e que nos deixa fora de controlo.
Nada está fora de mim. Ainda que seja mais fácil olhar para as histórias de fora para conpreender os desafios de cada um, uma parte de mim é também a história e a emoção do outro. E toca-me. Como as fragilidades e a parte vulnerável que tenho em mim, que honro e que a cada dia que passa aprendo cada vez mais a respeitar.
A força, a coragem vêm nos momentos em que achamos que não conseguimos continuar mais. Quase que respirar parece difícil. Mas há sempre qualquer coisa. Um impulso, a consciência de amar a vida, uma réstia de qualquer coisa que nos mantém agarrados e firmes. E isso é extraordinário. O que nos prende? O que será assim de tão bom que nos deixa amarrados à vida, apesar de todas as angústias?
Tenho acompanhado várias histórias de vida de altos e baixos, e mesmo olhando-me ao espelho e apenas consigo dizer... Extraordinário que é viver este grande mistério que é a vida!
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