Amo-te!


Amo-te! Simplesmente porque não há outra forma senão amar-te.

Sinto-te em cada sorriso, em cada olhar, em cada lágrima, em cada abraço.

Encontro. E continuo a encontrar, é inevitável. E à medida que os encontros se sucedem vou serenando mais. Já não há razão para fugir, nunca houve. Mas a razão achava que sim, assustava-me, tinha medo de sentir, como se pudesse ser mau Amar, como se imaginasse que este Amor pudesse prender e ser dependente e quisesse arranjar amarras no desejo de querer possuir.

Cada vez mais sinto que não controlo o caminho, os meus pés têm vida própria e caminham. Sinto-me conduzida, sem que a escolha consciente possa medir para onde vou.

Apenas caminho e observo-me. Vejo-me, sinto-me. Encontro-me e encontro-te. E a única coisa que perceciono é a imensidão de Amor. O amor que sou, o amor que és. Não há nada a fazer, apenas deixar-me estar, ser.

Sinto, sinto muito, tudo me toca e sinto-me tocada. Encontros, tantos encontros. Sinto-me grata e maravilhada por assistir a esta Vida e Amor que sou e encontro lá fora.

Vou despindo-me sem hora marcada, pela condição inadiável de me render à vida.

Só me posso dar e doar-me à vida, porque é a minha essência. Partilhar-me. Sou o todo e sou a parte. Tudo habita em mim e em cada momento que reconheço isto em mim, há uma parte que se abre e expande este Amor que sou e que encontro em ti e em cada um.

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