Mulher



Há uns dias atrás perguntava-me... o que é isto de ser  Mulher? Conscientemente nunca tinha pensado nisso. E veio-me o silêncio. Não sabia responder.

Nunca me considerei feminista, nem me lembro de ter sentido qualquer desigualdade num mundo de homens, sempre vivenciei igualdade de géneros e de oportunidades e muito grata por ser privilegiada nesse sentido. Sabe-se que nem sempre foi assim e que ainda continua a existir essa difernça na sociedade atual. Ainda é um mundo maioritariamente de homens, onde os cargos de chefia e direção são representados por homens. Mas é o que é. Não me traz revolta por ser assim. Acho que tudo é cíclico e evolutivo e também relacionado com os papéis que desempenhamos.

Sou mulher, mas também vive dentro de mim um homem. Sou mais do que a pele que visto. Por acaso sou mulher e honro este meu corpo, este meu ser.  Homem, Mulher encarnam papéis e funções distintas e ambas bonitas.

Quando me abro para este sentir o que é ser mulher só me consigo olhar e descrever. Ser mulher é ser recetiva, é ter o coração na boca e só depois parar para pensar, é amar sem limites, é amar o mundo inteiro, sentir empatia por tudo e querer nutrir. É uma espécie de mãe que quer proteger e acolher. É ter os braços abertos para abraçar, um sorriso enorme, lágrimas para chorar. Uma guerreira para defender e atacar quando se sente ameaçada e quando vai em busca do seu alimento. É uma força da natureza, é sensualidade em estado puro, é criança, é inocente. É sábia, visionária e lidera com a paz do coração. É palavra e é silêncios. É criadora de vida.

E de repente... Percebi que sou tudo isto. Sou mulher. E celebro-me hoje e todos os dias, e hoje mais pela reflexão que me trouxe outra forma de me olhar.

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