Abertura

Quanto mais te abres ao mundo, te dás e partilhas mais recebes. É a lei da reciprocidade.
Nada está fora de ti. Somos todos partes indivísiveis de um todo que não se vê, mas que se sente e que se vive, quer dele se tenha consciência ou não.

Somos todos tão diferentes, mas tão iguais. Mudam apenas as histórias e os cenários. E cada vez que saio do meu mundo e me partilho e convivo com diferentes perspetivas mais alargo os meus horizontes, mas recetiva estou à mudança, que é condição inalienável ao facto de existir.

Por vezes pode ser assustador correr para o mundo e abrir-me, expor-me, pois coloco-me num palco onde todos podem observar-me, julgar-me, e expor o lado mais íntimo, as vulnerabildades deixam-me a ilusão de que posso ficar à mercê do outro. Sim, ilusão. Ilusões.

Quando acho que o outro me vai julgar é porque sou a primeira a fazê-lo comigo. Sou a principal juíza de mim própria e construo os filmes na mente e alimento-os. Quando se deixa cair estas máscaras tudo fica bem mais leve. Quando te partilhas permites assumir-te e aceitar-te no todo que és e melhor ainda permites que o outro te olhe e se possa identificar também contigo. Dás-lhe coragem também para que ele se abra. Para que os encontros surjam e aconteçam sobre aprendizado para ambas as partes. A coragem de te mostrares vulnerável eleva a tua força. Percebes que sentes, que vives, que te emocionas, mas tu não és as tuas emoções, não és a história que viveste, os dissabores ou as alegrias. Em essência és a potência de amor que se manifesta nas ações e na vida que vives em constante evolução, a aprender a ser melhor (íntegro).

Abertura à vida, ao mundo, às experiências permite que o fluxo de energia circule livremente dentro de ti, atraindo maior fluidez e aceitação às circunstâncias que a vida traz.

Quando te fechas aprisionas o fluxo de energia, há necessidade de controlar o que está à tua volta com a ilusão de que assim consegues gerir tudo e controlar o processo. As situações podem parecer difíceis de gerir.

A cada dia que passa coloca internamente a intenção de te abrires ao mundo. Confia e alimenta essa fé. Não interessa como é que se vai manifestar, apenas coloca a tua sincera vontade em ação e entrega.

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