A magia de estar vivo



Silêncio. Silêncios. Por vezes tão desconfortáveis, por vezes tão bons.
Como pôr em palavras um sentir que se sente, mas não se explica. Simplesmente é e acontece.

Não há nada a temer, não há nada a celebrar. É uma serenidade que não implode nem explode. É um rio que corre simplesmente porque é essa a sua natureza. Não há necessidade de justificar, compreender. É presença, é comunhão.

Apenas observo e escuto esse rio que corre, acompanho o movimento, sendo eu própria também movimento, pela condição de existir e não poder ser outra coisa, senão movimento, ação, circulação. Canal emissor e recetor. Tudo corre pelas minhas veias, tudo passa por mim, sinto e largo. Nada me pertence e tudo me pertence.

E rendo-me a esta magia do momento a momento onde a vida acontece.

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