Os caminhos que escolhemos





Vou por aí... acho eu que caminho na liberdade de ir. Vou tomando decisões, fazendo escolhas, outras vezes não. E caminho por aí sem saber o porquê da escolha de determinada direção e muito menos supor como o caminho se vai apresentar e revelar.

Mesmo que o caminho já tenha sido trilhado ele é sempre novo. Apresenta-se sempre na surpresa de novos trilhos, acontecimentos, pessoas.

Mas o que é certo é que cada vez mais sinto que é o caminho que escolhemos, apesar de desconhecermos que já é o escolhido. Há sempre uma tentativa para retirar lições e novas perceções sobre o que nos acontece. E cada vez tenho a perceção de que só percebemos uma ínfima parte. É impossível perceber o todo, porque o todo já mora em nós. Somos nós, unos e indivísiveis a juntar as partes talvez. Mas se todo somos e não o conseguimos perceber com o nosso mental limitado, apenas temos de integrar, ser recetivos, disponibilizarmo-nos ao todo que somos. Aceitar e valorizar cada parte que nos chega através da experiência e na relação com o outro. Acarinhar, dar colo, nutrir, abraçar.

E quanto mais sombra for, mais a situação nos irritar e trazer dor mais amáveis devemos responder. Só assim entramos em comunhão e curamos as emoções de rejeição e abandono connosco.

O caminho que escolhemos é tão sábio, tão certo, tão mágico. E tem tudo de sagrado porque esconde nele a medicina de cura que nos serve.

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