O Remoinho de viver!



Nessa estrada sem sentido caminho
Para onde me levas?
Perguntava em tempos...

Hoje nada importa,
vou à deriva,
embalada pelas curvas turvas


Cheia de tudo, cheia de nada.
O coração bombeia,
a um ritmo que só ele sabe,
nada controlo...

Apenas passageira nesta terra,
inundada de pranto,
inudanda de sorrisos

Tudo me toca,
tocada ao som do vento que rodopia,
das lágrimas que caem,
em silêncios que gritam
mas que as vozes teimam calar

Tanto contido, num universo tão abundante,
um remoinho que gira sem parar
quer faça chuva, quer faça sol,

e no aparente sossego das rotinas
sou chamada a participar
a respirar, a inundar-me de vida,

a que está dentro e fora de mim
como se fosse possível algo estar fora

Carrego as dores do mundo
aquelas que teimo em jogar fora
e que o mundo me devolve para as abraçar

Memórias de tantas histórias
vidas, e mais vidas
em que existi, fingi que existi
umas em que me cumpri
outras fugi

Sempre papéis de histórias inacabadas
E o Amor que lembra
Ama, ama tudo

E amar é também doer,
é abraçar as dores
aquelas que pertencem
aquelas que passam
aquelas que te fazem lembrar que és Amor

Contrastes
Ora lembro,
Ora esqueço
Acende a luz
Apaga a luz

Que o espetáculo vai começar
"Abram as cortinas"
Que a vida já vai longa
E há tanto por respirar.




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