a vaca que há em mim



A vaca que mora em mim. Há 5 anos atrás falavam-me em mama, a necessidade do leite, de ter de garantir o sustento. Controlar o leite e a mama para que a sobrevivência estivesse garantida.

Esta semana num oráculo, eis que me sai a vaca. E para meu espanto, fala da vaca que providencia o leite que se nutre e que tem o suficiente para nutrir quem a rodeia.

O "leite" que vem de dentro, que sacia, que nutre. Nada está fora, tudo está dentro e o exterior reflete como estamos por dentro.  E se dúvidas houvesse, quando olho para fora vejo a abundância que me cerca. A minha, por ser e ter tudo quanto preciso neste momento, aqui é agora é por assistir à abundância com que o universo brinda as pessoas que me rodeiam. Por ter honra de assistir à abertura das pessoas que me rodeiam, pela generosidade que vejo ser partilhada uns com os outros.

Convites inesperados, um céu estrelado, com direito a estrelas cadentes,  um banquete com doce de abóbora e nozes, com romãs e castanha assada, naquela noite em que não houvera tempo para jantar. Ir para uma formação sem levar nada e todas as colegas sem que nada tivesse pedido me começam a dar todo o material necessário e a enquadrar-me de tudo. O chegar em cima da hora para a sessão e ter todos os colegas a ajudar a montar a sala. O querer um céu estrelado e o universo brindar-me com um. O esquecer-me do curso e marcar outro compromisso no dia do curso e a generosidade da facilitadora em mudar o dia, a vontade a mover montanhas e a procurar novo local para o mesmo e a generosidade de poder ter um cedido gratuitamente. A possibilidade de uma viagem. Um convite para trabalhar em Beja. Ser bem recebida pelos residentes, o aventurar-me a novos locais e ser recebida com um sorriso no rosto. Ter pessoas prontas a ajudar-me, a oferecer-se com e sem pedido de ajuda.

Assistir à felicidade das pessoas que me rodeiam, que se partilham, que fazem questão que eu as acompanhe. Uma honra poder fazer parte e vê-las crescer e brilhar. E quando o telefone toca para saberem de mim, das minhas novidades ou quando ligo gratuitamente para me partilhar e sou recebida com entusiasmo e alegria de quem me quer bem.

Haverá maior abundância que esta? Tenho tudo em mim e nas dinâmicas que crio e construo na minha vida refletem este leite que me circula nas veias. Esta vaca que se doa, que se partilha e que floresce. E quanto mais leite dá, mais produz, é uma fonte inesgotável, porque é feita de Amor. É tudo o que é, pelo que só pode seguir a sua natureza. Seguindo a inspirar e ser inspirada e expandido, expandido, por esses prados fora, espalhando magia.

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