3 de dezembro de 2015

Há dias longos e cheios de tudo.
7h50, acordo, bolas mais um dia que não consigo levantar-me a horas para a aula de natação. E ainda assim olhando para o relógio penso, posso ficar mais um pouco na cama. 

8h50, ups, tenho de levantar-me, tenho compromissos a cumprir. E lá vou num ápice a correr, entre a higiene, a roupa, pequeno almoço e sair de casa.

9h30, estou no notário. Logo atendida e a coisa corre. Mudo o carro do estacionamento, pois deixei-o mal e sigo para o Iefp. Lá vai uma espera simpática e depois de atendida e perceber que o processo que achava fechado há um mês ainda estava aberto, mais uma tarefa para resolver. Passo para outro assunto, mais uma espera até ser atendida e questão resolvida.

11h, chego ao trabalho. Entre papeladas o afazeres, quando dou por mim já a hora vai adiantada

13h40 chego à segurança social, mais uma espera até ser atendida. E a fome a apertar. Lá sou atendida por um Sr. Bem disposto, que a sorrir lá me diz a triste realidade da espera para atualização de dados, reportando o processamento dos dados interno. É de rir, e realmente o sorriso do colega que me atendeu, pois expressava também a realidade da qual fazia parte. Mas claro depois tinha de faltar papéis. E o Sr. Bem disposto lá me disse, o que eu faço só para fazer vir me ver, a sua simpatia sabe bem. E já esganada de fome, lá agradeci a ajuda e vim de sorriso no rosto com as palavras que me foram entregues, a pensar no que faria para almoçar. E também a pensar nas palavras que outro Sr. me entregou ontem, por volta das 16h, quando parei para ir buscar qualquer coisa para comer, por ainda não ter almoçado. Pois bem estava eu na pastelaria a pedir o meu dito folhado misto e bolo de ananás, apenas conversando com a rapariga do balcão, paguei e parti. E este Sr. que estava atento à minha conversa e pedido, apercebeu-se que me tinha esquecido dos meus papeis em cima do balcão e chamou-me. Agradeci o gesto e parti. A seguir já no meu caminho, na rua, o Sr. volta a passar por mim e diz-me, desculpe lá "tenho mesmo de lhe dizer que dá gosto cruzar-me com pessoas como você, é raro encontrar pessoas assim tão sorridentes e com uma empatia tão grande. Obrigada" eu agradeci com um sorriso e um obrigada e segui o meu caminho. (ele há coisas boas, na correria de um lado para o outro, papelada, trânsito, horas, receber estes mimos, fazem-nos bem. A mim fez-me).
 
15h é pouco, Voltando ao hoje e ao meu almoço, lá cheguei a casa pensando que teria os panados rápidos no congelador, ligo o forno e vou a caminho deles. Não há! Bolas, já os tinha comido e não tinha mais coisas rápidas de forno que costumo ter para o almoço. Lembrei-me entretanto da hambúrguer de atum. E pronto resolvi a questão.

Perto das 16h ligam-me a pedir uma mudança de sessão, well, mais uma tarefa a adicionar ao dia, ligar para o grupo para verficar disponibilidades e concordância. Retomo ao trabalho e aos afazeres. Quando dou por mim batem as 18h30 e penso, bom a ver se hoje saio por volta das 19h e ainda vou ao treino das 20h e aproveito para descansar.... Sim, sim... Dou por mim entretida nas tarefas, entre telefonemas e mais extras de pedidos fora do planeado a sair às 20h. 

Well... Porreiro na mesma, chego a casa, vou à rua com o Fofis e faço um jantarinho caseiro para mim que já não faço há algum tempo. Tudo certo.

Estaciono o carro, na confusão gira de carros atabalhoados que é a minha rua. E deparo-me com um carro estacionado no meio da minha rua a travar o trânsito e o vizinho queixoso que não conseguia sair. Pois bem saio do carro, assisto à ocorrência, o vizinho chama o rapaz que tinha deixado a viatura atravessada no meio da rua que teima em não tirar o carro. O vizinho chama a polícia e o dito rapaz, dono do carro lá aparece. O meu carro curiosamente estava no meio dos dois. Intervenho e digo ao rapaz que era falta de civismo ter deixado o carro assim. Ao que ele me explica que o dito vizinho mal estacionado não quis desviar o carro para facilitar a manobra dele e que sim por teimosia tinha deixado o carro dele assim. Ao que respondi, se todos reagirmos assim isto é uma selva. Ao responder na mesma moeda estamos a ser iguais. O rapaz lá me pediu desculpa e assumiu que tinha procedido mal e o vizinho virou as costas e enfiou-se no carro, sem ter tido o discernimento de assumir que também não facilitou a coisa. A polícia entretanto aparece, não quis saber da ocorrência, pediu documentos e teste de álcool. O vizinho que tinha o carro trancado, tinha álcool e lá teve de ir para a esquadra. O rapaz depois disto é já depois dos pais e vizinhança presente ainda me diz, eu sei que também procedi mal e peço desculpa por isso.


Fófis passeado, mãos à obra para fazer o tal jantar apetecido. Rolo de carne de frango com cogumelos e queijo e arroz de alho. Já tudo ao lume depois da louça lavada, o quadro de eletricidade resolve disparar. Nada de novo para mim, pois basta forno e termoculador ligados para a coisa disparar e tinha-me esquecido o pormenor da louça com água quente. Só que desta vez a coisa foi diferente, não conseguia ligar o quadro, o botão não fixava. Lá estive no contador exterior que agora é eletrónico e todo xpto. Procedi de acordo com as instruções que me deram há 4meses atrás, mas que ainda tinha na memória. Ainda assim nada. A coisa não ligava. Lá fui bater à porta do vizinho para pedir ajuda e pelos vistos estava a fazer a coisa bem. Lá tive de ligar para a Edp a pedir assistência à avaria. Lá se fizeram os testes de despitagem e nada, equipa a caminho. 30minutos depois liga-me o técnico a fazer novo teste e como por magia, cheguei ao quadro de já funcionava. 

Lá continuei a fazer o jantar já passava das 22h30 e apesar dos atropelos e da hora, soube-me mesmo bem o rolo de carne com cogumelos, castanhas e arroz.

E agora sentada no sofá, já de pijama, enrolada na manta com o Fófis aos pés, relaxo e digo... What a day. Preenchido, cheio de tanta coisa, tantas aprendizagens.  Ainda vou ler um pouco, faz parte da minha higiene mental antes de dormir, e com um sorriso no rosto agradeço por poder assistir e participar nesta vida que é minha e de tantos com os quais me cruzo e que me deixam sempre algo. 
O tempo passa a correr, mas eu acompanho-o, estou presente. E é tão bom. Dá aquele cansaço ao fim do dia também, mas o descanso de eu fiz a minha parte, dentro da minha verdade.

Comentários