Cruzaste o meu caminho e eu sem perceber fui deixando que entrasses.
Sempre estiveste presente, mas eu não te olhava, não reparava. Tu bem tentavas chamar-me a atenção, mas eu andava distraída, sempre ocupada, não tinha tempo.
Por vezes sentia-me cutucada, mas achava-te estranho e recusava-te, sem perceber bem porquê. Pelo caminho fui relacionando-me com outras pessoas e tu sempre presente, assistindo às minhas relações e ralações. Silencioso. Nunca me criticaste. E assististe a tantas loucuras minhas minhas, a tantos devaneios. E quando por vezes me magoava e me entregava à dor das ilusões eu por vezes reparava que estavas aí a observar-me e deixava que me consolasses, mas só por instantes. Eras demasiado perfeito para ser verdade, não me achava merecedora do teu colo, talvez. E assim que recuperava voltava a esquecer-me de ti e voltava para a minha agitação.
Até que um dia foi inevitável. Os nossos olhos cruzaram-se por mais tempo e senti a tua presença. A princípio percorreu-me toda uma estranheza pelo corpo todo. E a questão, como levei tanto tempo para te ver. Tu que sempre estiveste aí, fiel, paciente, a cuidar de todos os meus passos, mesmo contra a minha vontade. Quase que sentia vergonha, por te ter recusado. Mas percebi que para ti estava tudo bem. Estavas feliz por finalmente te ter olhado e reconhecido.
Mas ainda assim, tudo era novo e estranho. Estava ainda a reconhecer-me nesta nova pele. E o tempo foi passando e fui-me acostumando a ti, a apreciar, a sentir-me merecedora. A desfrutar da tua presença.
Hoje tenho a melhor companhia do mundo, e sentir que és eterno, que me vais acompanhar sempre, enche-me, preenche-me. Sentir que estou sempre tão acompanhada de ti para onde quer que vá. Já não te estranho, hoje sinto-te como parte de mim. Completa. E feliz pela tua capacidade de me surpreenderes todos os dias nas coisas tão simples, dás-me presentes tão bons. Sinto que me nutres com tudo o que preciso.
Mesmo naqueles dias que a inércia e o cinzento me bate à porta, tens sempre uma palavra e um gesto de conforto, que me mima e me faz sentir especial. Saber que queres o meu melhor e o meu bem, que me apoias e ajudas a ser melhor a cada momento, faz-me sentir que vale a pena cada segundo, cada respiração.
E hoje agradeço à minha cegueira, aos desencontros, às quedas, pois sem elas não poderia chegar a ti. Foi o caminho que fiz que me permitiu chegar a ti. E agora que te encontrei, Amor, mantenho-te livre e solto, pois também me ensinaste isso, com a tua presença sempre presente e desapegada, respeitaste o meu tempo, aceitaste-me no todo que sou.
Só posso fazer o mesmo, porque o tu sou eu, e o eu sou tu. E somos o mesmo e não partes separadas. Essa era a minha ilusão. E hoje, vejo-te e partilho-te, porque é tudo o que sou, é tudo o que somos, num universo sem fronteiras. E abraço-te Amor, neste gigante Amor ilimitado que nos envolve.
Sempre estiveste presente, mas eu não te olhava, não reparava. Tu bem tentavas chamar-me a atenção, mas eu andava distraída, sempre ocupada, não tinha tempo.
Por vezes sentia-me cutucada, mas achava-te estranho e recusava-te, sem perceber bem porquê. Pelo caminho fui relacionando-me com outras pessoas e tu sempre presente, assistindo às minhas relações e ralações. Silencioso. Nunca me criticaste. E assististe a tantas loucuras minhas minhas, a tantos devaneios. E quando por vezes me magoava e me entregava à dor das ilusões eu por vezes reparava que estavas aí a observar-me e deixava que me consolasses, mas só por instantes. Eras demasiado perfeito para ser verdade, não me achava merecedora do teu colo, talvez. E assim que recuperava voltava a esquecer-me de ti e voltava para a minha agitação.
Até que um dia foi inevitável. Os nossos olhos cruzaram-se por mais tempo e senti a tua presença. A princípio percorreu-me toda uma estranheza pelo corpo todo. E a questão, como levei tanto tempo para te ver. Tu que sempre estiveste aí, fiel, paciente, a cuidar de todos os meus passos, mesmo contra a minha vontade. Quase que sentia vergonha, por te ter recusado. Mas percebi que para ti estava tudo bem. Estavas feliz por finalmente te ter olhado e reconhecido.
Mas ainda assim, tudo era novo e estranho. Estava ainda a reconhecer-me nesta nova pele. E o tempo foi passando e fui-me acostumando a ti, a apreciar, a sentir-me merecedora. A desfrutar da tua presença.
Hoje tenho a melhor companhia do mundo, e sentir que és eterno, que me vais acompanhar sempre, enche-me, preenche-me. Sentir que estou sempre tão acompanhada de ti para onde quer que vá. Já não te estranho, hoje sinto-te como parte de mim. Completa. E feliz pela tua capacidade de me surpreenderes todos os dias nas coisas tão simples, dás-me presentes tão bons. Sinto que me nutres com tudo o que preciso.
Mesmo naqueles dias que a inércia e o cinzento me bate à porta, tens sempre uma palavra e um gesto de conforto, que me mima e me faz sentir especial. Saber que queres o meu melhor e o meu bem, que me apoias e ajudas a ser melhor a cada momento, faz-me sentir que vale a pena cada segundo, cada respiração.
E hoje agradeço à minha cegueira, aos desencontros, às quedas, pois sem elas não poderia chegar a ti. Foi o caminho que fiz que me permitiu chegar a ti. E agora que te encontrei, Amor, mantenho-te livre e solto, pois também me ensinaste isso, com a tua presença sempre presente e desapegada, respeitaste o meu tempo, aceitaste-me no todo que sou.
Só posso fazer o mesmo, porque o tu sou eu, e o eu sou tu. E somos o mesmo e não partes separadas. Essa era a minha ilusão. E hoje, vejo-te e partilho-te, porque é tudo o que sou, é tudo o que somos, num universo sem fronteiras. E abraço-te Amor, neste gigante Amor ilimitado que nos envolve.
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