Movimento




Voa com o vento. A música. Fragrância que se espalha e dissipa. Nada se mantém, Ainda que nada se perca. As formas mudam, transferem-se, alteram o estado.

Fala-se de morte. A transcendência, porque há uma transferência de estado. Deixa de existir a forma inicial.

Palavras que falam, que expressam vontades. Palavras que se ouvem e despertam partes adormecidas e as fazem ganhar vida. Ciclos, espirais, movimento que carrega uma força invisível que se manifesta na matéria. A perceção do aqui, do lá atrás e um vislumbre do que poderá ser. Movimento contínuo que ocorre entre ligações e circuitos cerebrais. Dinâmicas no corpo que comunica, nas relações que se estabelecem. Informação que vai sendo gravada nos arquivos das memórias celulares. O campo que se move em redor e que é um transmissor ambulante e um radar que capta.

E o vento que voa, o que transporta ele? E a música? Que música é essa inaudível que transportas, que se dissipa, que morre, que se transcende e que cria nova vida?

A perceção que destrói a capacidade de ver e constrói novas formas de ver. Como vês o que vês?
Romper com o já adquirido para abrir espaço para novas possibilidades.

Nada sei, e que a intenção seja nada saber para que o espaço se abra para entrar mais música, possa deixar a fragrância na pele,seguir o seu rumo para que o movimento esse aconteça sempre. Que os ritmos se misturem para que novas melodias surjam.



Comentários