As raízes da minha terra



As raízes da minha terra falam. Contam as histórias, narram os percursos áridos e férteis, as dificuldades e as alegrias, as perdas, os nascimentos. Os ancestros estão-me nos ossos,  correm-me no sangue, nas células e atravessam-me a pele. A força de vida vem daí, da sua Força para darem vida e para que através deles pudesse hoje estar cá.

Parece claro, óbvio. Mas reconhecer, olhar, ver, incluir, honrar é por eles dizer SIM à VIDA com um entusiasmo renovado. Não importa se estiveram, como estiveram, acima de tudo que se disponibilizaram no ofício sagrado de conceber e gerar vida, de nos colocar no mundo. É RECEBER com toda a Graça e alegria e Avançar com ganas para desfrutar com propósito e de propósito.

Somos ótimos a apontar dedos, o que nos faltou, o que podia ter sido, o que atrapalha, transportamos heranças e cargas que não nos pertencem por amor e seguimos carregados, tantas vezes sem o saber, nem de onde veio. Mas também essas heranças inconscientes estão aí para nos ensinar e para possamos devolvê-las a quem de devido, quando entendidas e acolhidas. E acima de tudo valorizar mais a dádiva que é viver e nos possamos cumprir com mais liberdade.

Uma vida não chega e não é preciso entender tudo para seguir aproveitando e desfrutando, até aí a sabedoria é sábia, pois se há algo que precisamos entender, a vida coloca no caminho as aprendizagens necessárias, os mensageiros, as dinâmicas para que possamos reparar e também decidir se as queremos reparar.

É um jogo de soltar as fagulhas para que os passos sigam mais leves. Reunir as pontas soltas, integrar as partes para ser mais inteiro, e gozar, gozar da autenticidade de ser e brilhar o brilho que sou, que és!

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