Hoje é o princípio





Caminho para a luz com segurança nos meus passos, aceitando a revelação que recebo momento a momento, pois não há caminho, há caminhar em direcção a ti.

Transporto o corpo, porque em-carne estou (encarnada) na Alma em Espírito aprendendo com o caminho que me guia e orienta com os seus ensinamentos. Vou aprendendo à medida que a consciência se abre. Limpando, libertando as cargas e as memórias impostas nesta formatação que recebi para que pudesse também aprender. Afinal tudo é útil. Não veio nenhuma peça a mais ou menos, mas as necessárias para que pudesse tomar as lições para crescer e aproximar-me mais de casa, de ti. Recordar-me de onde vim e para que estou.

E são tantas as formas e as linguagens que se apresentam, ou não viveríamos no mundo das formas para que através delas pudéssemos dar-nos conta do movimento, da capacidade de transformar, de desconstruir e construir. Somos criadores e para que nos déssemos conta foi-nos colocado à disposição este leque de variedades, num mosaico de cor, som e forma.

Os símbolos inspiram... permitem-nos continuar a inspiração da construção. E a colher acompanha-me para que possa alimentar-me pelo caminho, para que possa estar recetiva a receber alimento, para que possa ter ferramentas. Vai sempre vazia para que possa receber. O conteúdo que se recebe, esse vai-se desconstruindo, dissolvendo dentro, integrando-se até ficar o que é útil para prosseguir caminhando com esse colher.

Sempre que pergunto para onde vou, algo me trava. Sempre que me permito seguir sem questionar abro espaço para ser conduzida. Posso não saber com a mente pequena que reduz, mas a mente divina essa sabe, não há espaço para a dúvida. Quando encontro os mensageiros do caminho que me reforçam e validam o propósito não sinto surpresa na informação que é dita, mas a parte de mim que por vezes quer colo e calor precisa escutar as palavras que traduzem o que sabe no seu íntimo, mas que ainda não tinha encontrado as palavras que lhe dessem forma.

É com orgulho que está cá e pisa esta terra. É uma honra poder estar cá, sentir, saborear, cheirar, ver, escutar. Poder participar, expressar-se, contribuir, ser instrumento nesta grande obra. Poder observar e participar, com tudo o que implica.

Hoje é o princípio, agora é o princípio, tudo está sempre a iniciar-se ainda que não haja começo nem fim neste ciclo permanente e mutável.

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