Centro



Ir para o centro. Ficar no meio. É tudo o que se pede na vida. Estar no balanço. Encontrar o equilíbrio da justa medida.

Parece tão simples e contudo nem sempre fácil. É um caminho que sempre há por fazer, como qualidade de estares sempre em processo terapêutico contigo mesmo. Sempre há coisas por resolver.

Mas é possível aí estar, no centro. 

Centrad@, no meio da tempestade, do tumulto, da revolução, do movimento.

E sabes que aí estás quando não há espaço para dúvida. A presença de estares em ti, de te habitares coloca-te no estado de Confiança. 

E do que fala a confiança senão do espaço de amor e nutrição. De te saberes amor, real e dign@. Quando aí estás permites-te ser guiad@ no mistério da vida, e estás confortável, segur@, porque te estimas também.

E estares enraízad@ na confiança é estares em abundância, na segurança, em relação com a mãe, na matriz. Sentes-te dign@ do Amor.

Dás-te permissão para Receber?

Nem sempre é simples estar aí, a receber o que a vida dá através dos mensageiros, dos eventos. Quando é bom parece que ficas em dívida e... vais somando na tua conta um saldo que te começa a carregar. Começas a apontar o que tens de retribuir. Ou então vais retribuindo sempre.

E aí.... será que recebeste? Será que conseguiste mesmo receber? Se penso logo em devolver, retribuir, dar de volta... é sinal que não te sentes merecedor do que te é provido.

Tanto por desformatar e ir desformatando.

E estares no centro, em ti... consegues ir dando-te conta dos padrões sem ires com eles. Vais desidentificando e soltando. Permites-te que tudo te atravesse. Estabeleces a dança, a relação e deixas ir, quando chega o tempo.

E vais confiando. E à medida que confias vais permitindo-te receber mais e mais. 

E quando isso acontece vais honrando a tua Mãe, a Grande Mãe e dignificando a vida que te foi dada. Estás a permitir-te recebê-la.



Comentários