Abre


Abrir o peito para o que a vida traz. E quando se abre... o que acontece? Vem mais e tudo se sucede num fluxo imenso de sincronias. É uma torneira a correr, a jorrar vida pura.

As portas vão-se abrindo, os caminhos convergindo para a direção. Aquela para que tens de ir e que arranjas desculpas para escapulir. Seja por achar que ainda não se está pront@, seja pela dúvida que te acagaça. 

E tudo quanto te está a ser pedido é que confies, e saltes.

E o sorriso estampado vai abrindo, à medida que te vais disponibilizando. E os sinais vão colaborando e dizendo sim.

Não há erro. Não há certo.

A vida sabe mais do que nós. É a frase do momento. A entrega àquela que sabe, à sábia que reside dentro, que tudo vê e tudo sabe.

É estar nesse grande pulsar, na espiral que sempre brinca connosco e nos leva a andar numa montanha russa que passa sempre por paisagens diferentes, ainda que possa aparentar passar pelos mesmos lugares.

Presente! Estou presente nesta viagem e faço-me cada vez mais presente. Observando o fluxo, as sensações. Permitindo que atravesse. E ser tocada pelo imprevisto, pela espontaneidade.

E no não saber, poder aprender. E aceitar os convites para me render melhor.

Há tanto Amor por fazer e oferecer.... e limpando vou reconciliando e sanando. Até que o dentro se funda com o fora... e não haja diferença entre Eu e Tu!

Entre corações não são precisas palavras, apenas abraços. Que acolhem, aceitam e incluem tudo o que é. Porque haveria de querer expulsar os meus segredos, ausências, medos, batalhas e dúvidas? Antes permito-me olhar-lhes nos olhos e dizer sim.

Parte de mim é sombra, parte de mim é luz. Parte de mim é criança alegre, parte de mim é frágil. Parte de mim é choro, parte de mim é canto. E o prazer de ser triste é também escolher a alegria como forma de vida.

E nas decisões que o coração decide tomar, vou tomando cada vez consciência como quem bebe copos de água para matar a sede. É que o melhor alimento vem de mim, quando encontro a chama que me chama ao espaço sagrado que é e está pleno. 

E o peito abre-se como as pétalas de uma flor que se desnuda para apanhar banhos de Sol. É o ímpeto do calor e sol que sempre empurra o peito a expandir-se para o infinito potencial em permanente expansão.

Sempre há espaço para abrir mais.

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