1º Dia A gosto_ relaxo-me

 


É preciso parar para observar e dar-se conta. E ela?! Tinha decidido observar o que é estar A gosto. Deu-se conta que havia um mês que lhe pedia isso. E ela apercebia-se. Então restava-lhe, respirar e vigiar. Vigiar o sentir. Respeitar os tempos, os seus. Equilibrar a quietude e o movimento. 

E depois de semanas cheias de pessoas, trabalho, festas, eis que estava a saborear a sua companhia. O descanso. Contemplava cada momento com um sabor novo. E tudo lhe tocava com intensidade. Os gestos, as emoções que os outros lhe faziam sentir. A sua pele estava exposta.

Sentia-se profundamente a chorar por dentro condoída com a dor dos outros e sentia-se profundamente amorosa e amada por receber o vento, o sol, o mar na pele, por se dar alimento, por pisar o chão e caminhar pelas ruas da cidade. 

Por se permitir não fazer nada. Descansar. Por meditar, por se ligar a si e sentir essa expansão e paz no ser que habita. Pode atravessar-lhe milhares de pensamentos e emoções, e a agitação do pulsar ser tão variável.... mas quando se permitia observar mais dentro, sentia aquela paz saborosa, de corpo relaxado, coração aberto.

Disponível, sorridente. E assim se abria ao primeiro dia. Flutuando, nadando nas suas próprias ondas e relaxando-se.

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