11º Dia A Gosto_ ajuda

 

De que serve a chave para entrar se a porta está aberta?

E tantas vezes andamos à volta à procura da chave. E lançamos desaforo quando não  sabemos dela. E culpamos as distrações. Por estar onde estamos. O que deveria ter feito diferente?

Somos artistas, mestres na arte da crítica. Quando tudo o que precisamos é de uma mão. Uma mão que nos agarre, nos suporte. Nos faça uma festa e dê um abraço. Estou aqui para ti. Do que serve opinar, do que poderia ser feito diferente. E de a chave usada não ter sido a correta?

Há que despertar a sensibilidade em ti e por ti e os meios para aliviar a aflição e a dificuldade.

Somos feras feridas a aprender a desenvolver a compaixão. E perguntavam-me hoje como prestava atenção para perceber um pedido de ajuda, e se estava disponível para. E a resposta é sempre, depende. Depende como me Dou de mim a mim, pois essa vai ditar a disponibilidade de me Doar ao outro. E tem dias... humana sou. E em primeiro estou eu... e também isso preciso recordar várias vezes, para no centro permanecer.

Para que nos testes possa perceber-me como e onde estou, na medida do que me é possível no momento. E não emprenhar pelo que os outros desejariam que fosse, estivesse. Não estou para responder à expetativa do outro, mas para ser o mais fiel possível ao meu ser. E pagar o preço por essa fidelidade.

Porque quem caminha nos meus pés sou eu. E se cair terei de voltar a erguer-me para trilhar mais caminho e aprender com o que tiver de ensinar.

E a maior ajuda que posso dar é ir sendo cada vez mais eu, autêntica, livre em cada passo para expressar o que levo dentro. E se os outros não entendem, que importa, se a mim sou fiel?

O percurso é individual... e se a vibração é a do Amor, ela sempre vai chegar, ela sempre vai contagiar e bater noutro coração disponível e aberto por se abraçar e abrir a si mesmo.

Deixa-me sussurrar-te ao ouvido: Aquilo que buscas, encontra-te. 

Então alinha o chakra, a mente, o coração, o sentimento e o corpo para afinar melhor a vibração do instrumento e a melodia ser harmónica. E sabemos que para afinar instrumentos musicais é preciso tensionar as cordas e ajustar e soltar, até chegar ao timbre equilibrado.

Somos também instrumentos musicais e desafinamos e afinamos. É sinal que estamos a experimentar, a tocar e a ser tocados.

E a maior ordem da Ajuda é relembrar a responsabilidade que cada um tem em ajudar-se. O outro que facilita ajuda é apenas o amplificador que devolve o outro a assumir o comando da sua vida, para que se empodere de si e dos seus super poderes para afinar o instrumento e ir aprendendo a tocá-lo.

E a música da Bethânia vai tocando relembrando a Casa, o ninho, a rede que balouça e tanta coisa de valor que tem a casa, e nada tem. E ainda que de casa decorada e detalhada seja feita a descrição, é sempre da habitação  que se fala. Como se habita a própria casa. Como se está com a sofisticação e com a simplicidade de uma cabana no meio da natureza. E se o exterior distrai e traz ruído do que é conforto e desconforto... o que acontece no interior?

Escutas? Como te ajudas?

Como te falas, como te comunicas? Como permites que o outro entre no teu mundo e como o recebes?

Há paredes na tua casa, há limites? Do que falam os teus ossos, a tua pele, a mobilidade, o descanso ou o cansaço?

Quão pres@, quão solt@?

E tanta coisa aponta o caminho... são os mestres de cada esquina que entram por todos os lados a entregar cartas. Recebes?!

Deixa o santo te levar. As ajudas sempre vêm de todos os lados... eu não ando só. E tu também não. ;)

Recorda-te que aquilo que estás a viver, foi porque um dia pensaste e criaste na tua cabeça. Serão sonhos, flores ou fel?

São rosas, senhor. Que sejam rosas.... que seja Amor. E se estás confus@, ótimo. É sinal que algo está a mexer. E queremos que mexa. É sinal que viv@ estás!

Redireciona as velas, e começa a desenhar o teu melhor retrato... não de cara... aparência é apenas isso, aparência. E o desenho sublime da alma é um contínuo que sempre se vai revelando, incorporando e ganhando corpo, fragrância, sorrisos e... palavras para quê?! Sente e permite ires-te descobrindo na Existência.

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