Reclama-te!

Permitir que a energia aterre no corpo. E observar como o corpo reaciona, como se move, como se ordena.

E quando respiras e observas como é essa respiração, o ritmo, a intensidade, a vagareza. A calma, a pressa, a sofreguidão. O que se solta, o que se prende. O que fica a reverberar.


Observar as sensações tal como se apresentam, sem querer alterar absolutamente nada. Permitir que os sintomas atuem e seguir-lhes o rasto.

E retirar as cargas do negativo e do positivo, sabendo contudo que ambas as cargas fazem parte. Apenas se retiram as avaliações, os juízos, a conceptualização de querer explicar analiticamente. Claro que se discerne, que se sente o que é contrativo, o que é expansivo, o que dói e o que é prazeroso. A oposição, o contraste sempre nos dá perspetiva para que possamos dar-nos conta e traduzir a experiência. Sem que com isso tenhamos de defini-la e padronizá-la. A formatação já está mais que estabelecida.... é preciso ir soltando, separando os filtros, dissociar da experiência enquanto destino final. O observador precisa de estar ativado dentro de ti para poderes ampliar e sair da caverna fechada onde te enfiaste.

Não te determines. Não te feches sob um só ângulo e perspetiva. A realidade é criada pelas tuas lentes. Como queres que ela seja?

De expansão ou contração?

De um lugar de Amor ou Violência?

De te receberes com respeito (como resposta ao teu peito / coração) ou de traição ao teu sentir?

Achas tu que trais ou és traído.... e na verdade trais a tua verdade, o teu lugar de autenticidade, de vulnerabilidade.

Tens o direito de SER, Tens o teu lugar Aqui. Mereces estar. És SUFICIENTE!  Valida e Aceita que ÉS INTEIRO!

Reclama o teu Poder! Assume-te. 

Esse poder nada tem a ver com a noção de um poderzinho que acha que controla, manipula e domina o entorno à sua volta e que é detentor de algum estatuto, projetos, coisas materiais e imateriais. Nada tem a ver com o fora, ou ilusão de que detém algum sucesso e projeção externa. Claro que essa pode ser uma consequência do Poder Interno que se tem, mas não uma finalidade. Esse poder interno tem a ver com a reunião da sua energia em si, do ser se habitar a si mesmo. 

Sabendo-se vulnerável, fraco, com defeitos e qualidades e sentindo a sua própria grandeza de ser humano e divino. Reconhecer que é Amor e é inteiro. Validar-se, sentir-se bem na pele que veste, com humildade e aceitação da sua impermanência, complexidade e incoerência. Estar-se aí, com consciência que nada sabe, que está em construção e transformação permanente e ainda assim saber-se perfeito. Entendendo a sua biografia, abraçando as feridas e as dores como as cicatrizes necessárias para o crescimento. Estar nessa relação profunda consigo e o seu coração é Reclamar o Seu Poder! Reconhecer-se e ir recordando-se.

Estar presente no movimento presente da vida, permitindo que a vida @ viva, respondendo a cada momento, a cada respiração.

Reclama-te! Reclama o teu Poder! Mereces-te.


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