Regressar a criança ao adulto!

Resolvera escrever-lhe!

Meu querido setembro...

Depois de estar a gosto a relatar 31 dias, soube-lhe bem a pausa de 3 dias. E ao 4º eis que regressa. Os textos continuaram a ser escritos diariamente na sua tela mental. É que o gosto pelas palavras, pelas imagens, pela música, pela dança sempre guarda registos.

E ela era uma colecionadora de histórias, de memórias que contribuía sempre para que fossem das melhores. Era uma exploradora. Sempre buscava o melhor no seu ser e no huMano. Manias da família e de Querer Amar a todos. Não que fosse uma condição, mas se estava a aprender a amar-se, como não amar as partes que ia encontrando.

Hoje despertara-se a rir. Coisas! Chamam-lhe louca desde que se lembra. Momentos houve em que a sua parte séria não achava piada a chamarem-lhe doida. Pois ela que era responsável a cumprir o que lhe era pedido. Os estudos, as notas, os testes, os certificados, as tarefas, o trabalho e fazia-o de um lugar prazeroso e sério, muito sério. Só depois de cumprir a seriedade é que abria parenteses para ser louca, nos tempos livres. E depois voltava a andar no salto.

Achava que ser séria e louca não combinava. Que tinha de se separar....até que percebeu que podia ser tudo, sem desculpas, nem com licenças. E que brincar é a coisa mais séria que pode haver.

E setembro pedia-lhe para melhorar a sua criança. Tornar-se virgem. E explorar essa espontaneidade e alegria da criança. Pôr-lhe ordem para que o brilho possa estar em constância, permanência.

Regressar a Criança ao Adulto!

E como se faz isso?!

É estar presente. É cumprir a vontade à criança, dar-lhe suporte para ser e suportar-lhe nos limites, na nova ordem, de que pode ser. Quebrar-lhe os tabus, os juízos de valor, os "comporta-tes", deixar-lhe livre para ser e estar lá para ela.

Está a tua criança habituada a isso? Alguma vez o adulto lhe permitiu, sem a parar, a mandar calar ou sossegar?!

Há uma criança que precisa da permissão do adulto para se expressar na sua plenitude!

Mas a criança precisa de limites.... a criança precisa de saber que é e está suportada pelo adulto. Que é amada no que é, na sua expressão. Que não precisa exagerar ou reprimir para que gostem dela, para que a vejam.

E o adulto precisa aprender a ver e escutar a criança para se conetar à espontaneidade, à confiança, à presença, de explorar só porque sim.

Descomplicar, voltar a imaginar. A rir-se de si e para si, e contigo e comigo e connosco!

É que a Festa somos nós que a criamos dentro para que se manifeste fora!

O que alimentas e semeias dentro vais colher fora!

Escolhe-te bem!

Um brinde à Vida Boa e à Boa da Vida!


 

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