I’m in love with the shape of you



"(...) I’m in love with the shape of you We push and pull like a magnet do Although my heart is falling too I’m in love with your body (...)", Ed Sheeran lyrics

E assim nos ecoam as músicas na sala que convidam a dançar com as formas que se apresentam de tantas formas. Há convites desafiantes. É que nem todos os dias as pregas no espelho têm a mesma beleza. E talvez o problema não sejam as pregas, mas o espelho 😂😁

E às vezes perdes-te no espelho e achas que é os espelho, outras as pregas.

Espelho meu haverá alguém mais bela do que eu?

E como amar a forma, sem te prenderes à forma? O corpo é só o corpo, ainda que te traduza o que a mente esconde. Nem ele te define, ainda que te traduza em emoções.

Passas tanto tempo na vestimenta que achas ser o corpo que vestes. E se ele te pede alimento, passas a ser alimento. E na voracidade enleias e enleias-te.

É que a vibração emana. E o calor trespassa-te a pele. E o que puxa, empurra. E o que atrai, repele.

Assim é o amor entre a sombra e ela. Queria controlá-la e dominá-la. E ela, sempre lhe fugia. E no limite ela mostrava-lhe o limite.

O quanto se dispersava e se distraía. Aceitar o choque da superficialidade que nela habitava, a crítica. A fuga ao compromisso e a pluralidade. Era plural e queria-se singular. Era carne e preferia refugiar-se na poesia. Era crua e queria-se sensível.

E ao mesmo tempo se repelia... o magnetismo sempre a transportava para si. E aí não tinha como fazer de conta. Só assumir e incluir essa atração de si.

E as formas sempre se renovavam para que se desafiasse... e pudesse incluir mais corpo dentro, sem que nenhuma forma a pudesse possuir.

E quanto crescia quando se permitia ser nessa expansão das formas.



 

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