Só por agora decidi fazer a Paz! Em mim, comigo.
Acalmar a neurose. De querer, de saber, de controlar, de orientar e do desejo. Da fome, da sede.
Afinal quem se frustra?
A puta da neurose, pois claro está!
Fazer a paz é conquistar mais liberdade dentro. Na expressão do movimento, na dança. E Amar o que É!
Nada há para vencer, nem para perder. E quando se expressa o que vai cá dentro e recebes e acolhes... que importa como te vejam e ouçam?!
Buscas novas histórias, porque não te agradam as histórias que são.
Talvez hajam soluções. A pílula mágica para a felicidade cósmica plena e o diabo a quatro. E melhor... isso é ser zen, espiritual, esotérico, místico ou sei lá o quê que inventam nos dias de hoje, até mesmo para fugir à "vulgaridade" de se ser humano.
E na verdade as histórias são o que são. Não há como mudar a biografia, as ocorrências. O que faltou, o que se perdeu.
Só se pode olhar, reconhecer e tomar como é, como foi. E seguir em frente. Para o destino do qual pode fazer-se cargo.
E nesse destino assumir-me como vulgar e singular. Humana que cospe, peida, arrota e faz todas as necessidades fisiológicas como manda a máquina. E também venho com uma data de validade desconhecida do veículo emprestado.
Tomar conta é fazer-me cabo das frustrações, das contrariedades, das reclamações e aí olhando ir observando as traduções que cada uma tem para oferecer. Ser construção, melhoria para que possa desfrutar desta grande Casa que é o Planeta Terra e a Humanidade.
Sou parte, incluo-me e incluo-te. Somos. E há tanta casa por habitar cá dentro e aí fora. E quando não precisar mais de paredes e portas, saberei que final posso descansar.
Chegámos!
Enquanto isso possa eu ter mãos para lançar sementes à terra, olhos para acender mais estrelas nos céus e coração a bater para continuar bailar por aí, cantando palavras e sonidos ao vento.
E que a bagagem seja cada vez mais leve e os pés sejam asas e os abraços flores perfumadas e floridas.
E à medida que sigo por aí enfeitando a imaginação com novas imagens vou construindo os alicerces da Paz... até chegar ao Dia em que oferecer a mão e o coração são o dia comum das gentes. E a poesia seja o canto falado de quem respira o amor que é, porque se recorda.
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Cuspidelas